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Contra a ditadura. A memória é uma arma do presente

Contra a ditadura. A memória é uma arma do presente

A ditadura fascista dominou o país durante quase meio século, até ao 25 de Abril de 1974, não obstante a resistência de homens e mulheres de várias gerações, que enfrentaram as perseguições e as torturas, em nome da liberdade e da democracia.

Foi assim nas Ermidas e em Santiago do Cacém, em Alvalade e no Cercal ou em Santo André. Muitas dezenas, centenas de anarquistas e comunistas, socialistas, gente com ou sem partido, assalariados agrícolas, comerciantes, operários, advogados ou pequenos agricultores participaram nas lutas contra a fome e por melhores salários no tempo da última grande guerra; subscreveram abaixo-assinados exigindo eleições livres, estiveram activos  nas campanhas eleitorais do General Norton de Matos ou de Humberto Delgado ou em manifestações contra a guerra colonial e pela liberdade.

Foi com o contributo desses homens e mulheres corajosos e desinteressados, que tanto sacrificaram das suas próprias vidas pessoais,que se abriu caminho para que hoje possamos viver em liberdade.

A memória das suas lutas e dos seus sacrifícios, o seu exemplo, merece todo o nosso respeito e deve-nos servir de inspiração nestes tempos que vivemos, em que alguns querem que esqueçamos tudo isso, querendo regressar aos tempos negros de um passado recente que é preciso rejeitar. Erguer a memória anti-fascista é um trabalho dos nossos dias.